Carol Hudson: Review/Análise

Screen Shot 2016-02-24 at 15.44.23

EN/   Review: Carol Hudson and her Photographic Work, “From Him, To Him” from The Power of Possessions

My former tutor Carol Hudson’s works on the project “The Power of Possessions” which is formed by a variety of still life photography sets divided in clothing, personal objects and between others, a set of two prints of two pile of letters, which is the main work I will analyse here.

The photographer started the project after her late husband’s death, as a way to get over the period of mourning; she concentrated on “the leftovers scraps of ordinary life” as she describes her husband’s belongings.

The first impression this piece of work attracts is the fact that the photographs are displayed in pair, combining two piles of papers creating an impact in relation to the quantity, which immediately makes me think it has been accumulated and stored. The use of contrasty black and white film reinforces their tones and texture against a black background, attracting attention to the fact that they are opened, causing the viewer curiosity about their content. The division into two different piles displayed together arises the mysterious mood these photographs create in relation to its context.

Looking at the artist’s statement, part of the mystery is solved; these two stacks of letters were found in the attic. One stack comprises letters ‘to him’, the other stack letters ‘from him’. The photographer wrote: “The dates relate to a period of time when a relationship was irrevocably breaking down, a time before I knew my husband. I was torn between a compulsion to read the letters and the fear of what I might discover. In photographing them, I sought hints of the silent, tactile pleasures and heartaches of letter writing and receiving. I didn’t need to read them. I captured the possibility and my choice.”

I find this piece of work intriguing mostly because the artist herself is not aware of the letter’s content, just like the viewers, as well as I can see her conflict in relation to these letters and object that are under her possession, but are not her own. The photographer overcomes a difficult period in her life and makes the hard decision to get rid of some objects and at the same time respect her late husband’s privacy in relation to the letters.

Would you be able to make this decision?

Carol Hudson’s Website: carolmhudson.com


PT/   Análise: Carol Hudson e seu trabalho fotográfico, “Dele, Para Ele” de O Poder das Possessões

O trabalho da minha antiga professora da faculdade Carol Hudson no projeto “O Poder das Possessões “, que é formado por uma variedade de fotos de objetos, divididos em roupas, objetos pessoais e entre eles, um conjunto de duas pilhas de cartas, que é o principal trabalho vou analisar aqui.

A fotógrafa iniciou o projeto após a morte de seu marido, como uma maneira de superar o período de luto; ela se concentrou em “as sobras e restos da vida comum”, como ela descreve os pertences de seu marido.

A primeira impressão que este trabalho atrai é o fato de que as fotografias são exibidas em pares, combinando duas pilhas de papéis que criam um impacto em relação à quantidade, o que imediatamente me faz pensar que foi acumulado e armazenado. O uso de filme preto e branco com bastante contraste reforça seus tons e texturas contra um fundo preto, atraindo a atenção para o fato de que os envelopes estão abertos, provocando a curiosidade ao espectador sobre o seu conteúdo. A divisão em duas pilhas diferentes exibidas juntas sugere um clima misterioso que essas criam fotografias  em relação ao seu contexto.

Na declaração do artista, parte do mistério está resolvido; estas duas pilhas de cartas foram encontradas no sótão. Uma pilha contem cartas ‘para ele’, as outras cartas empilhadas são ‘dele’. A fotógrafa escreveu: “As datas referem-se a um período de tempo quando um relacionamento se irrevogavelmente quebrou, uma época  que ainda não conhecia o meu marido. Eu estava dividida entre a compulsão de ler as cartas e o medo do que eu poderia descobrir. Em fotografá-las, procurei insinuações dos prazeres e sofrimentos de escrever  e receber cartas tácteis e silenciosas. Eu não tinha necessidade de lê-las. Eu capturei a possibilidade e a minha escolha “.

Eu acho este trabalho intrigante principalmente porque a própria artista não está ciente do conteúdo das cartas, assim como os espectadores, da mesma form como eu posso vê-la com um certo conflito em relação a essas cartas e objetos que estão sob sua posse, mas não as pertence. A fotógrafa supera um período difícil em sua vida e toma a decisão difícil de se livrar de alguns objetos e ao mesmo tempo respeita a privacidade do seu marido em relação às cartas.

Você seria capaz de tomar essa decisão?

Site da Carol Hudson: carolmhudson.com

4 thoughts on “Carol Hudson: Review/Análise

  1. Muito bom e muito triste ao mesmo tempo. Com certeza o luto é das coisas mais difíceis de se lidar em nossa vida, principalmente quando ele acontece de forma repentina. Excelente análise, parabéns.

    Like

  2. Certeza q eu ia querer ler tudo! Sou dessas… Mas hj já aprendi a respeitar a privacidade das pessoas! Mas não consigo imaginar como reagiria nesse caso… Pq ao msm tempo q não ler implica em respeitar a privacidade, ler significa ter contato com “partes” daquela pessoa, ou seja, mtas pessoas com dificuldade em lidar com a perda, poderiam usar essas leituras pra se sentirem mais próximos da pessoa q se foi! Luto, cada um lida de forma particular…

    Like

    • Um tempo atras eu também ia querer ler, mas acho que hoje em dia teria medo. Medo de ler e mudar minha visão sobre aquela pessoa. E pior, ela ja esta morta e não ter como questionar e ter respostas. Então eu não leria.

      Like

Leave a comment