About Preferences/Sobre Preferências

Baby me and my first cat, Bolinha (diminutive for ball) / Eu bebê e meu primeiro gato, Bolinha.


EN/ About Preferences, Part I

Fear and hate in general are feelings that arise from the unknown, if I dont grasp it, I fear it. There is also the possibility of fear to be the result of a bad experience in the past, a trauma. As a kid I never liked dogs, my mother says that one day, a huge dog of a friend, jumped on me and knocked down me when I was about 3 year olds. I just got to know this story years later, from complaining so much in the presence of any dog, she told me that.

I was always afraid, and avoided them, used it cross the street so I wouldnt be close, I never found any of them cute. If we were going to a house that I knew had a dog, I would suffer from anxiety in advance to imagine having to face a beast of those in the same room as me, or simply just at the entrance of the house.

From an early age I had contact with cats at home, in my grandmother´s house, on the street I always made sure to get close to them, encouraged by my mother, who throughout her life have probably had around 9 cats. I admired their beauty and behavior, and over time I began to further identify myself with them. There was a phase where I raised the flag to say they were the best, and could not bear dogs because I thought they were silly. This was nothing other than me trying to self affirm to an animal I have total involvement, trying to reduce the other animal that made me insecure.

When I was round 10 years old riding my bike on the my gramma´s street, a neighbor who had rottweilers came out for littering, and guess what? The dog ran out to the street! Today I’m not even sure if it came after myself, but I despaired, left my bike on the pathway, went in and closed the gate really fast. It was scary, I thought I was going to die and this reactivated that trauma.

Over time I could not get away from certain situations involving dogs, a friend that I frequented the house like mine, had a dog called Hanna and it took me a while to get used to her. I had in mind: “show no fear, but keep away, try to greet to see she leaves me alone”. I even had to deal with a rottweiler a schoolmate had when we used one or two lectures off to go to her house. I remember to explain in advance about my relationship with the species and my colleague assured me that the dog was quite calm. Arriving at her house, who received us? Fila was her name, huge, and really very calm, just came to see who were coming, let her smell me as I repeated  with my heart racing, my internal mantra: “show no fear, but keep away, try to greet to see if she leaves me alone”.

It was by having to go through such situations, rather than avoiding them, I began to notice more canine behaviours, find out that they bark but do not bite and do not attack for anything, understand gestures, noises, all this that for me It was scary and I could never find out whether they were good or bad.


PT/ Sobre Preferências, Parte I

Medo e ódio em geral são sentimentos que surgem do desconhecido, se eu não domino, eu temo. Também existe a possibilidade do medo ser resultado de uma expêriencia ruim no passado, um trauma. Desde criança eu nunca gostei de cachorros, minha mãe diz que um dia, um cachorro enorme de uma amiga, pulou em mim e me derrubou quando eu tinha uns 3 aninhos. Eu só soube dessa estória muito tempo depois, de tanto reclamar na presença de qualquer cachorro, ela me contou.

Eu sempre tive medo, evitava e atravessava a rua pra se quer chegar perto, nunca achava algum bonitinho. se íamos em alguma casa que eu sabia que teria um cachorro, já sofria com ansiedade por antecipação de imaginar ter que enfrentar uma fera daquelas no mesmo ambiente que eu, ou simplesmente só na entrada do quintal da casa.

Desde pequena tive contato com gatos, em casa, na casa da minha vó, na rua fazia questão de me aproximar deles, encorajada pela minha mãe, que ao longo da vida já deve ter tido uns 9 gatos. Eu os admirava pela beleza e comportamento, e ao longo do tempo comecei a me identificar ainda mais com eles. Teve uma fase em que eu levantava a bandeira pra dizer que eram os melhores, e que não suportava cachorros por serem bobos. Isso não era nada além do que eu tentando me auto afirmar me asegurando à um animal que eu tenho total envolvimento, tentando diminuir o animal que me deixava insegura.

Quando tinha uns 10 anos andando de bicicleta na rua da minha vó, um vizinho que tinha rottweilers saiu pra jogar lixo, e adivinha? O cachorro saiu correndo rua à fora! Hoje eu já nem tenho certeza se ele veio atrás de mim mesmo, mas eu me desesperei, joquei a bicicleta na calçada, entrei e fechei o portão correndo. Foi assustador, pensei que ia morrer e isso reascendeu aquele meu trauma.

Ao longo do tempo eu não pude fugir de certas situações que envolviam cachorros, uma amiga que eu frequentava a casa como se fosse minha, tinha uma chamada Hanna e demorei me acostumar com ela. Colocava na cabeça: “não demonstra medo, mas mantém distância, tenta cumprimentar pra ver se me deixa em paz”. Até tive que lidar com um rottweiler de uma colega de escola quando aproveitávamos uma ou outra aula livre pra passar na casa dela. Lembro de já explicar antes sobre minha relação com a espécie, minha colega me assegurou que a cadela era bastante calma. Chegando na casa dela, quem nos recebeu? Fila era o nome dela, enorme, e realmente bastante calma, só veio ver quem tava chegando, deixei ela me cheirar enquanto repetia com o coração acelerado, meu mantra interno: “não demonstra medo, mas mantém distância, tenta cumprimentar pra ver se me deixa em paz”.

Foi tendo que passar por situações assim, ao invés de evitá-las, que pude começar a observar mais o comportamento canino, descobrir que eles latem mas não mordem e nem atacam por qualquer coisa, entender os gestos, ruídos, tudo isso que pra mim era assustador e nunca pude descobrir se eram bons ou ruins.

13 thoughts on “About Preferences/Sobre Preferências

  1. HEHE, já eu vim de uma infância de cachorros e não de gatos, então eu sempre adorei cachorros e tive medo de gatos, ainda mais que minha família tinha uma história de um gato que tinha matado um cara, haha.

    Mas hoje, moro há 1 ano com um gato e ele nunca me matou. Ainda. Olha que avanço, haha.

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  2. Eu não sei se já te contei, mas eu morria de medo de cachorro também! A Duda foi minha primeira experiência canina, aos 10 anos, e foi com ela q aprendi a gostar dos cães. Com gatos nunca tive muita familiaridade, e meu primeiro contato felino mais próximo foi com a Mimi… E olha que eu tinha um pouco de medinho dela no começo… Engraçado, as duas expereriências foram na msm época! ;D

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    • Não sabia disso, que interessante!
      E não me lembro de ter tido medo da Duda, acho que foi no intervalo antes de ter corrido do rottweiler haha e lembro de ter me empolgado tanto por ela ser dálmata que gostei dela. Mas de qualquer jeito não ia querer ela pulando em mim.
      Tadinha a Mimi nem aprontava com ninguém haha

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  3. Engraçado, lendo seu texto descobri que temos histórias bem parecidas. Quando tinha uns 9, 10 anos, estava numa festa junina com meus pais e dois cães pastores começaram a “lutar” embaixo das minhas pernas e a partir daí, sempre tive medo de cachorros… Na fase adulta, quando me casei, ganhei uma cachorrinha do meu marido, a My Lady, uma poodle adorável e foi amor a primeira vista. Daí em diante passei a amá-los e tenho mais dois e uma gata (a Garfilda) que meu marido achou na rua…

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    • Obrigada por ter vindo ler o blog!
      Que interessante, é muito bom quando conseguimos ultrapassar nossos medos, né?
      Já ouvi falar muito sobre a My Lady 🙂
      Na segunda parte do texto falarei mais das pessoas que tem medo ou não gostam de gatos. E não vejo hora de conhecer a Garfilda 😀

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  4. “não demonstra medo, mas mantém distância, tenta cumprimentar pra ver se me deixa em paz”

    Hahaha você tem até um ritual predefinido para aproximação de cachorro.
    Eu gostava muito de gato em minha infância, tinha um todo preto com nome de Elvis, até que o exército se apossou do Rio de Janeiro em 199… E matou muitos gatos no meu bairro. Desde então, só tive cachorro. Uma longa geração de filhas, netas e bizneta. Hahaha

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    • Eu tenho rituais pra quase tudo na minha vida hahaha
      Elvis, ótimo nome pra um gato preto haha
      Deve ser horrível ver que os animais do bairro estão morrendo. Por isso vocês não quiseram mais ter gatos?

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  5. Saudades da minha Hanninha 😢, mas ela era boazinha, só tinha muita energia pra gastar hahah.
    Eu sempre fui ao contrário, sempre amei cachorros, e nunca tive medo. Adoro gatos também, mas a minha alergia a eles não deixa chegar perto. Lembro como era difícil pra mim dormir na sua casa, mas ia mesmo assim ❤️

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    • Ela era boazinha mesmo, depois que se acostumou comigo né, porque antes ela estranhava haha Eu também lembro que eu não gostava muito de dividir a cama com ela (além de com você).

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